segunda-feira, 28 de outubro de 2019

ESPÉCIME _PROSA

Os arrebóis dançaram sob a manhã subindo o horizonte ocre de minha imaginação,eu pudera distinguir os pássaros rotos ,as andorinhas fugitivas, os pardais que retrocederam abismados,foram habitar o cerrado.
As pombas contaminadas deixaram as cidades, esconderam seus filhotes dentro do tronco oco e apodrecido pelo negrume do tal óleo queimado pelos motores, e cuspidos fora.
Eu aprendera a discernir a tempo, o quão estrepitosas madrugadas, intercederam pela loucura, que atacava as músicas, que trafegavam pelos alvoreceres, sem nexo, sem eira nem beira, destilando ódio em cada ponto do átomo sônico, estourando tímpanos, espalhando uma leseira total.
Os pardais e as pombas escolheram viver perto dos humanos e no entanto, tantas doenças estes trouxeram ás criaturas, que uma extinção em massa destes,seria a melhor saída para os humanos.
Sendo assim, mais uma espécie banida do Planeta, pois neste predomina a raça humana, querendo impor aos cães que aprendam a dormir como gente, tomar sorvete e até usar o vaso sanitário, entendendo assim, serem amados.
Porém, sabemos lá se o cães iam querer que seus donos latissem, seria muito mais cômodo, uma vez que os humanos têm a capacidade de aprender tudo, então um latim vulgar, ou uma latida vulgar, poderia deixar seus pets contentes.
As pombas contaminadas comem restos dos humanos, assim também os pardais, porém são eles que contaminam, não os humanos.
Os nossos detritos vão espalhando dor e assolação, mas o difícil é encontrar um réu, um culpado, todos somos inocentes, generosos e solidários, doamos o que não queremos mais aos mais pobres, e chamamos isso de caridade.
Somos doridos com tudo que nos toca,mas vivemos das cutucadas covardes que atiramos aos nossos inimigos declarados junto de nossos comparsas.
Enfim, somos nós, uma espécime que dentre todas, perdera o controle de como " ser."
Somos um misto de tudo,porém entendemos uma guerra fria onde vamos assolando uma multidão de vidas,sejam animais e vegetais,mas existimos e precisamos fazer jus a esse feito.
Vamos buscando um Deus que passe a nossa frente e nos deixe o caminho limpo,esquecemos o Jesus sofrido,o Deus generoso que responde a benevolência,mesmo porque fazendo aos "outros",Deus pouco vai se importar.


domingo, 27 de outubro de 2019

DULCÍSSIMO_PROSA

Tudo serena como um refúgio dentro de mim, atualmente compondo o brando ,que me  envolve, quando em revoadas de folhas secas, eu vira as podas de meu jardim, quando eu ornamentara meu coração, esperando o entardecer, porém, contemplando os sois das manhãs.
O amor fora um encanto,porém,fora um engano pelo avesso, e em dose dupla recaíra sobre mim como uma tempestade densa e recuada ao mesmo tempo.
Nenhuma resposta eficaz para que eu pudesse retomar meu caminho, porém serenara como fé de rezadeira,como anjo dominical, dentre uma embalada, desmistificando os aforismos e construindo as minhas bases ruídas, pelo então...
As ruas assumiram um ar mais puro e minhas sensações assumiram a leveza da consciência em paz.
Embora te amara muito, tuas sugeridas deixaram bem claro para mim,o quanto desdém, sentes tu pela vida, sentes tu pelo amor.
Eu amara um peito cavo, uma constituição sem alma, mas amara, ouvir arrazoar sobre amor, o tal amor, que sequer apreciastes, em toda tua vida.
Fora tu, uma avalanche forte, me desconstruindo, cedendo minha constituição amorosa, como se eu fosse um objeto negociável, e sem sentimentos.
Os teus distingues, permanecerão numa alameda qualquer, e quiçá, teus espezinhes plantados instalarão contra ti.
Uma ventania sonora dialoga em minhas manhãs e tardes, enquanto espero,cautelosamente,sempre o pólen trazido pelos beijos, pelas flores, dos amores encontrados em teu lugar.
Jamais estabelecidas condições,porém,trazendo o antigo encanto engavetado e bem guardado dentro de meu coração.
O amor, jamais me tornara perfeita, quando em face deste eu tanto guerreara, porém, sempre bastara um vocábulo, um sorriso, para que este, me contornasse também, em dulcíssimo ser...

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

OLHO CLÍNICO

Na língua portuguesa significa, saber do assunto, ter intuição, portanto ter olho clínico dentro daquilo que exerce implica em ser mestre por excelência, o olho clínico não define apenas pessoas estudadas ou que exercem profissões em destaque, um pedreiro que tenha olho clínico aguçado, pode ser um mestre, um perito naquilo que faz, em contrapartida, outra pessoa portando mestrado sobre determinada profissão, se não tiver olho clínico, jamais terá seu trabalho em destaque.

Uma exímia faxineira, ao olhar determinado compartimento, sabe exatamente onde está a sujeira, sabe todas as estratégias para se chegar a uma limpeza bem sucedida, sem se perder no meio da bagunça.
Importante na vida, jamais foi ocupar cargos importantes, mas sim, ser bom naquilo que faz.
Um motorista de caminhão, ao manobrar um escolto imenso no meio de uma avenida, mira certinho uma reta e consegue colocar este num depósito apertadíssimo sobrando pouca coisa de cada lado.
É importante que aprendamos mil coisas na vida, portanto, muito mais importante, sermos bom naquilo que fazemos.
Eu não posso também, ser uma professora exigente, ensinar os alunos sobre inúmeros assuntos, inclusive ética, mas viver de maneira diferente, pois nossas atitudes, mantêm sempre o nosso bom nome.
É o teu trabalho que vai fazer a tua propaganda,portanto,jamais faça de teu trabalho o teu inimigo.
O intento do trabalho e manter a sobrevivência, mas existem pessoas que entendendo de Educação financeira, vivem bem mais tranquilas com bem menos dinheiro do que outras que ganham muito, mas se sufocam com os cartões de crédito.
Importante, que cada um de nós, tenhamos olho clínico a respeito  de nossa vida, como estamos vivendo, como estamos nos portando a respeito de tudo que nos cerceia, e que a consciência seja sempre nosso controle de qualidade.
Jamais te preocupe com a consciência pesada, ás vezes, porque magoaste alguém, sinal que és uma pessoa ética, isto é, consegue se colocar no lugar da pessoa magoada.
Sendo que pessoas sem ética, jamais pedem desculpa, a não ser que seja uma desculpa interesseira, pois estas se acham sempre certas, trata-se de um desvio de caráter sem cura.
O importante para nós, não são os outros, e sim nós mesmos, quando muitas vezes, mesmo tendo olho clínico, realizamos um trabalho apenas para nos livrarmos logo de tal incumbência, sem nos importarmos, como será refletida a nossa imagem para outrem,através desse trabalho.
Então, além do olho clínico, é importante que sejamos éticos também.